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domingo, 12 de setembro de 2010

O Motivo de Toda a Gratidão

Boa noite, gente! :D
Fiquei de postar sobre a parte da saúde na infância..  Mas antes de falar nisso, eu preciso ressaltar alguns outros detalhes, para que a história seja perfeitamente compreendida. Vamos lá, então.

Assim que minha mãe teve a primeira oportunidade, deu entrada na sua aposentadoria. Ela tudo que ela queria. Apesar de trabalhar a duas ruas de casa, como Chefe de Setor Administrativo de um órgão federal, ela não se sentia em paz me deixando em casa com todos aqueles problemas. Apesar de estar com meu irmão e com a babá, não era com ela.

Só que, três dias antes finalmente sair a resposta do processo, invadiram a sala da minha mãe e levaram a bolsa dela, com todos os documentos, dinheiro, cheques e tudo que tinha lá. Desesperada, ela fez o B.O. na delegacia e correu pra casa. Ficou um tempo de repouso em casa, até conseguir reafirmar a situação dos documentos roubados. Então, ela prometeu a Deus que se achasse tudo, ela entraria na primeira igreja que achasse e agradeceria.

Aconteceu. A bolsa apareceu. Na rua Tertuliano de Melo. A primeira igreja à vista ficava naquela mesma rua, Igreja Pentecostal de Nova Vida de Nova Iguaçu. Esse dia foi 31 de julho de 1996. Desde então passamos a frequentar essa igreja. E o fazemos até hoje. Lá dentro, desde os 4 anos de idade fui aprendendo a buscar ao máximo ser uma boa pessoa. Aprender a receber críticas das pessoas e melhorar aquele ponto, de forma a não receber mais críticas negativas ali.

O tempo foi passando, quando em abril de 1998, minha mãe pra fazer 2 anos de aposentada, eu recomecei a fazer os exames de rotina para saber como ia o meu coração. Vários ecos e eletrocardiogramas. E eu via minha mãe passando noites em claro quando eu tinha uma crise. Até que num domingo, eu (com meus humildes 6 anos de idade) pedi para o Pastor Bastos que orasse pela minha saúde, pois eu não mais aguentava ver minha mãe virando noites em claro, e chorando por preocupação com minha saúde. Ele falou que a pureza do meu coração tinha me curado. Falou que admirava crianças pelo fato de elas não quererem tanto o benefício próprio, mas na maioria das vezes, buscar ver o sorriso no rosto das pessoas à sua volta.

Na quarta feira daquela semana, voltei à clínica para fazer o último exame. Antes de fazê-lo, a médica chamou minha mãe e disse que, se meu quadro não regredisse, eu deveria operar o coração dentro dos dois meses seguintes. Uma total tensão pairou naquela sala. Eu fiquei normal, afinal, tinha 6 anos de idade, não sabia os riscos que uma operação dessa poderia ter. Enfim, fui fazer o exame. deitado na maca, como de costume, tirei a blusa e a Doutora passou o gel no meu peito e começou o exame. Eu via no rosto dela, uma interrogação gigantesca. Ela procurava, procurava, procurava e dizia que tinha algo de errado com a máquina. Me levou pra outra sala, refiz o exame. Era muita coincidência outra máquina ruim. Mas também era muito estranho o resultado mudar de uma hora pra outra, afinal, 5 dias antes, o sopro se mostrava com nitidez e facilidade num ecocardiograma. Vários médicos entravam na sala, me examinavam e ficavam surpresos com o resultado. A equipe médica toda já me conhecia por causa das minhas frequentes crises cardíacas e musculares. Eu só lembro de dizer "Mãe, Papai do Céu me ouviu. Disse que sempre vai deixar você dormir depois de hoje." Na mesma hora, ela caiu de joelhos, agradecendo, enquanto a médica ainda tentavam mexer na impressora.

E daquele dia em diante, as únicas vezes que precisei de exames cardíacos foi para retirada de atestado médico para práticas esportivas. A lição que tirei é que, não adianta querer o próprio bem. Ele nunca será um bem de verdade, a menos que ajude outras pessoas também.

Bom, galera. Por enquanto é só isso.
O próximo post será sobre o início de meu relacionamento com a música.

Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)

Um comentário:

  1. Bonito seu testemunho. É Deus operando milagres para um propósito específico. Se prepara aí hein!

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