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sábado, 23 de outubro de 2010

Desabafo

De que adiantou me dedicar ao nós?
De que adiantou pensar em nós?
De que adiantou viver por nós?
De que adiantou sofrer por nós?
De que adiantou o 'nós'...

...se agora só há o 'eu' e o 'você'?

sábado, 9 de outubro de 2010

uma pessoa importante pra cada letra: A - B - C - D - E - F - G - H - I - J - K - L - M - N - O - P - Q - R - S - T - U - V - W - X - Y - Z :)

Alícia Zavalis - Bruno Maia - Cléu Vieira - Daiane Barrozo - Edison Machado - Fernanda Imenes - Guilherme Fontes - Hanna Corrêa - Ismael Araújo - Johnny - K - Leonardo Santiago/Lucas Baltahazar/Lucas Arêas - Mãe rs - Natália Penso - Ohanna Perre - Pablo Martins - Quésia Juliane - Rafaéis (Trancoso, Marins, Lago, Veloso, Rosemberg)/Rodrigo Rocco - Sérgio Ribeiro - Thiago Barbosa - U - Vânia Bernardes/Victor Mendes - Wanderley Giraldes - X - Y - Z

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como você espera estar daqui há 5 anos?

Profissionalmente tranquilo. Analista de Sistemas, nível Pleno. Formado em Ciência da Computação pela UERJ. Sem falar na preparação para certificações Java, Linux e Oracle.

Economicamente estável: pagando o terceiro ano de parcelas da casa própria, e indo para o segundo carro.

Sentimentalmente caminhando. Namorando ou noivo de daquela que me ajudará a provar que o mundo a dois é bem melhor do que a um.

Musicalmente... é uma interrogação, ainda.

O que você gostaria de saber sobre Juliano Fernandes?

sábado, 2 de outubro de 2010

O que é amizade para você?

É algo que supera qualquer coisa. Qualquer briga, qualquer mentira, qualquer distância. Afinal, tudo isso é fraco perto de uma amizade.

É você conhecer a pessoa a ponto de saber como ela está simplesmente observando o olhar dela. É saber tudo o que a pessoa vai dizer antes mesmo que ela o faça. É lembrar do outro quando vê algo que essa pessoa gosta muito.

É uma relação ontem não há quantidades.
É saber que nem tudo são flores e, por isso, brigas acontecem. Importa apenas superar.

Amizade é ter pra onde correr quando o mundo desaba a sua cabeça. É poder contar com o outro em qualquer situação.

Enfim... Amizade é algo muito precioso, pra mim..

domingo, 19 de setembro de 2010

Começando uma eterna paixão

Fala, galera! Como vão vocês?

Bom, primeiro, eu queria pedir desculpas pela quebra da frequência dos posts, mas é que não vai dar pra postar durante a semana mesmo.. Mas pra frente, quando eu chegar no ponto "hoje" da minha história, vocês vão entender o porquê. rs

Vamos lá, como prometido, falarei hoje sobre como comecei a gostar de música..

Com doze anos de idade, eu fui, pela primeira vez, ao Retiro ALFA (Adolescentes Livres de Férias para Adorar) e via a molecada toda tentando aprender violão. Um amigo meu da época, já tocava, e eu sentei com ele e ele me passou a famosa Come As You Are - Nirvana, a primeira música de todo violonista.

Quando voltei do retiro, minha mãe me deu um violão capengão, mas que me foi muito útil. Um Michael VM-22 preto com encordoamento de nylon. Comecei a estudar em casa com um método de banca. Conversa bastante com os amigos que faziam curso e tentava, a cada vez, absorver alguma coisa nova. E assim eu fui aprendendo.

Em fevereiro de 2005, um amigo meu se ofereceu à me ajudar. Eu ia na casa dele toda quarta feira à tarde. E durante uma hora ele me passava o que podia. Depois de um tempo, ele me indicou pra entrar pro grupo de louvor da igreja.

Em julho de 2005, teve outra edição do retiro ALFA, e eu resolvi tocar uma música na Noite de Talentos. Toquei "Acende o Fogo Em Mim" e pedi pra uma menina do grupo cantar, era a Camila Kathleen (canta muito, a menina). Fui escolhido como vencedor pelos jurados da apresentação.

De 2005 até 2007 eu segui tocando violão, e fui aprendendo rápido. E com esse tempo eu fui gostandoc ada vez mais de tocar em banda. Mas em 2007, aconteceu uma coisa no grupo de música que mudou tudo pra mim. Fui chamado para participar da banda que tocaria no retiro daquele ano. Mas a banda tava sem baixista. E o outro violonista, MP, era um garoto fominha, e falou pra eu assumir o baixo, que aí nenhum dos dois ficaria de banco. Eu fui tranquilo, mas são instrumentos muito diferentes. Me enrolei muito nessa troca repentina.

Até que um rapaz de, na época, 22 anos entrou no auditório quando ensaiávamos e viu que daquele jeito não daria. Ele resolveu assumir o louvor daquele retiro, chamou uma galera mais experiente, e o retiro rolou. Eu não toquei. Mas foi bem legal.

E este rapaz que assumiu o louvor do Retiro ALFA 2007, virou líder do Grupo de Louvor dos Adolescentes. Pouco tempo depois, durante uma reunião com todo o Grupo de Louvor, ele me disse que eu levava bastante jeito pra contrabaixo, falou pra eu estudar. Eu não topei muito no início não. Eu ainda preferia violão. Era o que eu realmente sabia fazer. Mas ele falou com uma confiança tão grande que eu topei o desafio.

Naquele ano surgiu a B4JC, Begineers 4 Jesus Christ (Iniciantes Para Jesus Cristo), que na época constava com 5 integrantes, eu no baixo, Vagner Teixieira na bateria, Lucas Arêas no violão, Diego Malone no teclado  e o Jefferson Araújo no vocal. Nenhum de nós era experiente, e por isso o tal nome. Depois de um tempo, a banda foi ganhando mais experiência, e com isso, novos integrantes. O Arêas saiu e veio a Carolinha Rafagnato. Pro vocal vieram Ana Balthazar e Daiane Barrozo. Já eram 7. A gente tocou em alguns aniversários e em algumas festas da igreja. O som era ruim, mas a gente se divertia.

Chegando 2008, eu já estava mais firme no contrabaixo. Gostando mais até que do antigo violão. Ganhei do meu irmão um baixolão, Condor, 4 cordas, preto. Muito gostosinho de tocar. Chegou julho, e com ele, ALFA 2008. Fui chamado pra participar da banda. Já estava bem mais seguro do que estava fazendo. Dessa vez, a banda era bem firme, o que me deixava despreocupado mesmo sendo o mais inexperiente do povo. Douglas Pereira no violão e no vocal, John no piano, Thiaguinho na bateria, eu no baixo, e Douglas Branco na guitarra. Dos vocais, participavam Sean Gonçalves e Daiane Barrozo. Aprendi muita coisa com eles.

Lá no retiro, fui provado por Deus à dizer que eu gostava mesmo dele acima de qualquer coisa. E pra mim, música era o que mais importava naquele ligar, abaixo de Deus. Então eu num momento de pura decisão, peguei o tal baixo e doei para o baterista. Até hoje ele o usa. Cuida com todo o carinho do mundo. Toda a família me chamando de louco, por ter dado algo que foi comprado com muito suor à alguém que eles nem conheciam. Mas eu nem ligava. Era chamado de louco, ouvi até dizerem que a Igreja estava fazendo lavagem cerebral em mim (Vê se pode?). Mas em pouco tempo, isso se reverteu. Em agosto, ganhei um Washburn MB-4 Mercury Serie. Um baixo muito bom, timbre espetacularmente limpo. Dei um baixo de 750,00 sem saber que depois ganharia um de 2,5mil.

A banda foi tocando, todo sábado a gente se reunia as 9h da manhã. E ficávamos juntos até as 18h20', que era quando o culto acabava. Ensaiávamos, ríamos, brincávamos, aprendíamos juntos. Uma forte ligação entre a galera foi se formando. E música era o motivo. Entregar ao grandioso Deus aquilo que ele nos permitia saber. O nosso melhor ao Melhor.

Em 2009, o nosso auge. Apesar do Sean ter saído do grupo, o Daniel Azevedo assumiu o posto. E o cara é bom. Além de cantar faz som muito bem e ainda é o melhor braço direito que um líder de louvor poderia ter, palavras do próprio líder. Também chegou um rapaz que tinha sumido à muito tempo atrás. Um músico fantástico: Rafael Rosemberg. O cara toca de tudo em todos os instrumentos. Um ás na manga. Quem faltasse ele cobria. Então ficaram duas guitarras, com Douglas Branco e Rafael Rosemberg, baixo comigo, bateria com Thiaguinho Barbosa, violão e vocal com Douglas Pereira, teclados com John Virgolino e os vocais com Daniel Azevedo e Daiane Barrozo.

Estávamos muito entrosados Desde o início do ano fazendo a cada sábado algo diferente. As vezes largávamos a metaleira e fazíamos apenas alguns violões, um cajón e um piano. Mas na maioria das vezes era um rock muito do bem produzido pelo Douglas Branco. Felizmente, a banda se entrosava, o equipamento era de boa qualidade e todos eram amissíssimos.

Infelizmente, hoje, a gente não toca mais junto. Douglas Branco saiu da ICNV e está na PIB do Recreio. Eu e o Rosemberg saímos do grupo por não ter mais a idade dentro da idade-alvo do projeto Onda Jovem. O John deu lugar ao seu pupilo Johnny e assumiu o louvor das crianças até 11 anos. Daniel pediu umas "férias" pra se dedicar um pouco mais à sua faculdade e ao seu trabalho. Daiane, virou líder de música do Grupo de Adolescentes. o Douglas, assumiu um cargo "fantasma" que ninguém sabe o que é, sabe apenas o que faz. Ele é o mediador entre a Daiane e a 'cúpula' da ICNV.

Mas as recordações são boas. Assim que eu descobrir como, eu coloco uma das nossas gravações como fundo deste post. rs

Bom, gente. Foi assim que eu comecei a gostar de música. Porque ela era o motivo que me unia à grandes amigos. A gente passava ótimas manhãs de sábado juntos, tocando e se divertindo muito. Rindo de várias piadas e de váárias notas fora.. rs

Pretendo falar sobre minha vida profissional da próxima vez..


Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)

domingo, 12 de setembro de 2010

O Motivo de Toda a Gratidão

Boa noite, gente! :D
Fiquei de postar sobre a parte da saúde na infância..  Mas antes de falar nisso, eu preciso ressaltar alguns outros detalhes, para que a história seja perfeitamente compreendida. Vamos lá, então.

Assim que minha mãe teve a primeira oportunidade, deu entrada na sua aposentadoria. Ela tudo que ela queria. Apesar de trabalhar a duas ruas de casa, como Chefe de Setor Administrativo de um órgão federal, ela não se sentia em paz me deixando em casa com todos aqueles problemas. Apesar de estar com meu irmão e com a babá, não era com ela.

Só que, três dias antes finalmente sair a resposta do processo, invadiram a sala da minha mãe e levaram a bolsa dela, com todos os documentos, dinheiro, cheques e tudo que tinha lá. Desesperada, ela fez o B.O. na delegacia e correu pra casa. Ficou um tempo de repouso em casa, até conseguir reafirmar a situação dos documentos roubados. Então, ela prometeu a Deus que se achasse tudo, ela entraria na primeira igreja que achasse e agradeceria.

Aconteceu. A bolsa apareceu. Na rua Tertuliano de Melo. A primeira igreja à vista ficava naquela mesma rua, Igreja Pentecostal de Nova Vida de Nova Iguaçu. Esse dia foi 31 de julho de 1996. Desde então passamos a frequentar essa igreja. E o fazemos até hoje. Lá dentro, desde os 4 anos de idade fui aprendendo a buscar ao máximo ser uma boa pessoa. Aprender a receber críticas das pessoas e melhorar aquele ponto, de forma a não receber mais críticas negativas ali.

O tempo foi passando, quando em abril de 1998, minha mãe pra fazer 2 anos de aposentada, eu recomecei a fazer os exames de rotina para saber como ia o meu coração. Vários ecos e eletrocardiogramas. E eu via minha mãe passando noites em claro quando eu tinha uma crise. Até que num domingo, eu (com meus humildes 6 anos de idade) pedi para o Pastor Bastos que orasse pela minha saúde, pois eu não mais aguentava ver minha mãe virando noites em claro, e chorando por preocupação com minha saúde. Ele falou que a pureza do meu coração tinha me curado. Falou que admirava crianças pelo fato de elas não quererem tanto o benefício próprio, mas na maioria das vezes, buscar ver o sorriso no rosto das pessoas à sua volta.

Na quarta feira daquela semana, voltei à clínica para fazer o último exame. Antes de fazê-lo, a médica chamou minha mãe e disse que, se meu quadro não regredisse, eu deveria operar o coração dentro dos dois meses seguintes. Uma total tensão pairou naquela sala. Eu fiquei normal, afinal, tinha 6 anos de idade, não sabia os riscos que uma operação dessa poderia ter. Enfim, fui fazer o exame. deitado na maca, como de costume, tirei a blusa e a Doutora passou o gel no meu peito e começou o exame. Eu via no rosto dela, uma interrogação gigantesca. Ela procurava, procurava, procurava e dizia que tinha algo de errado com a máquina. Me levou pra outra sala, refiz o exame. Era muita coincidência outra máquina ruim. Mas também era muito estranho o resultado mudar de uma hora pra outra, afinal, 5 dias antes, o sopro se mostrava com nitidez e facilidade num ecocardiograma. Vários médicos entravam na sala, me examinavam e ficavam surpresos com o resultado. A equipe médica toda já me conhecia por causa das minhas frequentes crises cardíacas e musculares. Eu só lembro de dizer "Mãe, Papai do Céu me ouviu. Disse que sempre vai deixar você dormir depois de hoje." Na mesma hora, ela caiu de joelhos, agradecendo, enquanto a médica ainda tentavam mexer na impressora.

E daquele dia em diante, as únicas vezes que precisei de exames cardíacos foi para retirada de atestado médico para práticas esportivas. A lição que tirei é que, não adianta querer o próprio bem. Ele nunca será um bem de verdade, a menos que ajude outras pessoas também.

Bom, galera. Por enquanto é só isso.
O próximo post será sobre o início de meu relacionamento com a música.

Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)

sábado, 11 de setembro de 2010

Começando a Brilhar

Bom dia, gente.

Vou continuar o post sobre a minha história.

Aos três anos de idade, fui matriculado numa turma de maternal de uma creche aqui perto de casa, chamado Jardim Escola Peixinho Dourado. Lembro de professora falando com meu irmão que eu aprendi as coisas muito rápido e que eu ão deveria estar naquela turma. Porém minha idade impedia minhas professoras de me trocar pra turma de cima. Elas confiaram no meu potencial, conversaram com a diretora, e em pleno setembro, eu fui parar na turma do Jardim I. Pulei um ano. Acabou sendo meio que um supletivo Maternal e Jardim I em um ano.

Minha família ficou ainda mais espantada quando do nada eu quebro um silêncio virando pro meu irmão e perguntando:
 - Maninho, o que é procissão de São Jorge?
 - De onde tu tirou isso, garoto?
 - Tá escrito naquele jornal ali de cima..
 - E desde quando uma criança de 4 anos sabe ler?
 - Não sei.. Só sei que eu olhei pro jornal e fiquei curioso pra saber o que era Procissão de São Jorge..

Por causa disso, me levaram em diversos médicos e psicólogos. Todos falando que eu era um garoto normal, com apenas uma bonificação divina no Q.I. Depois, me botaram para fazer uma prova de bolsão no ABEU - CEJP. Comecei a estudar de graça num colégio até então de ótima qualidade. No Jardim II, novo colégio, novos amigos, velhos comentários. Novamente eu ouvia os professores falando que eu aprendia tudo rápido demais. Sempre me botavam pra anotar o nome dos bagunceiros no quadro. Claro que quando se tem 4 anos, você não faz os amigos que te apoiarão pelo resto da sua vida. E assim foi comigo. Estudando com eles até a 5ª série, quando me cansei de ser discriminado e de ter pessoas se aproximando de mim por pura vontade de conseguir alguma coisa.

Daí pedi pra sair da turma 1 e ir pra turma 2. Atenderam meu pedido e continuei estudando e mantendo as médias nas alturas. Até que numa aula de educação física, o professor Maurício, percebeu que eu tinha um certo jeito pra jogar voleibol. Me chamou pra treinar com o time do colégio. Eu não era um astro, mas apenas um menino que aprendi rápido os movimentos e os fazia com exatidão. Me apaixonei pelo esporte. Em todas as minhas aulas de educação física eu pega a bola de vôlei e ficava treinando no canto. As vezes até me aventurava em treinar com a MedicineBall. Na sexta série, eu já tinha 11 anos. E tão jovem, fui vice-campeão da Liga Iguaçuana de Voleibol. Lógico que fui mais o esquenta-banco do que o levantador principal do time. Estava crescendo, ganhando experiência. Era o sub-17. Com 11 anos eu era moleque demais pra assumir um posto titular.

Você deve estar se perguntando como eu fazia um esporte de tamanho esforço físico se tinha sopro no coração. É, é aí que começa o próximo post. ^^

Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)

O Verdadeiro Começo

Tudo realmente começou em 19 de janeiro de 1992. Em Nova Iguaçu, no ainda distrito de Belford Roxo, às 10h da manhã, nasce Juliano Henrique Souza Fernandes. Filho de Enilce Maria de Souza e Jorge da Silva Fernandes. Branco, 2.5kg, 48cm, olhos castanhos escuros e cabelo loiro. Até aí, tudo normal.

Mas logo nos primeiros dias, o Dr. Cleuber (obstetra responsável pelo parto) informa à Enilce que seu filho sofre de um problema no coração chamado sopro. E, infelizmente, não era um sopro inocente. Era um sopro anormal, que indica alguma má formação no sistema cardiovascular do paciente. Isso tornou a vida de Enilce um pouco complicada, afinal, era apenas ela, o bebê, o filho mais velho e o Pai da criança.

Sim, eu sou esse garoto. O Juliano da história sou eu. Eu tive uma infância bem complicada. Antes de completar dois anos de idade, meu pai sumiu. Não sei o que aconteceu direito. Minha mãe conta que ele chegava em casa bêbado e só criava despesas, e por isso ela o pediu pra que desse um tempo. A covardia o tomou de tal forma que, ao invés de largar a bebida, largou a família. Meus pais nunca foram casados, logo não precisavam viver sob o mesmo teto. Mas e a consciência de ajudar a criar o filho? Deve ter ido embora junto com os salários gastos pelo meu pai em bebida.

Apesar disso, tive uma família que nunca me deixou faltar carinho. Além da minha mãe, e do meu irmão, tenho duas madrinhas fantásticas, Tia Márcia e Dindinha (Tatiani). Sem contar que a família delas acabou virando minha família também. De três pessoas, já eram mais de vinte.

Mas a falta do pai foi suprida mesmo pela presença de dois homens. O primeiro, meu primo, Guilherme Vinícius. Um cara que não escreve nada além do próprio nome. Porém, tem um caráter impecável e um coração gigante. Trabalhador desde moleque, trocou os estudos pela alimentação própria e da família. Diversas tentativas de se manter. vendeu café com leite no trem das 6h, foi dono de barraca de doces, trabalhou como auxiliar de serviços gerais, enfim, nunca ficou parado. Saindo de um emprego e chegando em outro logo depois, sua vida sempre foi muito sofrida e seus pertences conquistados com muito suor. Exemplo de esforço e de caráter.

O segundo personagem é meu irmão, Rafael Henrique. Onze anos mais velho que eu, vivemos pouco tempo juntos, pois com 16 anos, por causa de um desentendimento com a minha mãe, ele saiu de casa e começou a se virar mundo afora. Antes disso, eu estudava de tarde e ele de manhã. Nosso pouco contato era à noite. Isso até ele começar a trabalhar, que foi por volta de seus 14 anos. Trabalhava com teatro, dança e apresentações artísticas. Por causa de sua beleza (digna de um deus grego, diga-se de passagem) e de seu dom notável para encenar, recebia constantemente papéis importantes e, com isso, prestígio e experiência. Terminou o ensino médio e foi morar próximo ao trabalho. A partir deste ponto, não sei muita coisa, mas sei que hoje, mora fora do país, com um emprego estável e ajuda quem um dia disse que ele não conseguiria chegar longe. Exemplo de determinação. De não ligar pro pensamento alheio e correr atrás dos próprios sonhos.

Como disse, tive uma infância muito complicada. Por causa do sopro no coração, minha mãe deu entrada na aposentadoria. E até hoje me diz que fez isso pra cuidar de mim. As vezes penso que é um "jogar na cara", mas refletindo, consigo ver que é só uma vontade de ser reconhecida pelo esforço. O que não é tão diferente. Um problema na válvula átrio-ventricular direta impedia que meu coração batesse com uniformidade. O que me gerava vários problemas musculares e respiratórios. Em época de crise eu tomava injeções de Bezentacil a cada duas semanas. Dor insuportável, choro ensurdecedor.

A junção desses fatos com uma mãe com coração de manteiga, deu numa criança chata, mimada que não sabia ouvir não.

Bom, gente. Hoje eu vou parar por aqui. Até porque ficou enorme e duvido que muita gente chegue nesta frase. No próximo post eu falo sobre escolas na infância e o início da adolescência

Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)

Um novo início

Olá, gente! ^^

Bom, primeiro eu quero pedir desculpas por apagar todo o histórico de posts. Mas tem um motivo. Eu quero recriar isso aqui. Do zero. Começar contando a minha história e depois começar a postar o meu dia-a-dia..

Peço a compreensão de vocês.

Beijo pra elas, abraço pra eles.
Até o próximo post. ;)